Crédito Imagem: Foto: Georgia Army National Guard
FALSO
A informação analisada pela Lupa é falsa. A assessoria de imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS) informou, em nota, que a cannabis é uma droga e que a entidade “não fez qualquer divulgação recente sobre o tema”. Em seu site, a OMS caracteriza a maconha como a droga ilícita mais “cultivada, traficada e abusada”. Segundo a organização, ela é responsável pela metade das apreensões de drogas no mundo.
A maconha pode acarretar diversos problemas de saúde.
Segundo a OMS, a substância pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e o desempenho psicomotor (coordenação motora e atenção dividida). Além disso, seu uso pode causar lesões na traquéia e brônquios e o desenvolvimento de uma síndrome de dependência.
Embora a OMS classifique a maconha como uma “droga ilícita”, em vários países o uso recreativo da substância é permitido, incluindo Holanda, Uruguai e estados norte-americanos como a Califórnia e Colorado.
Boato
O texto analisado pela Lupa foi publicado semana passada. Contudo, é provável que esse boato tenha como inspiração uma reportagem divulgada pelo jornal MJBizDaily em janeiro de 2019. Naquela ocasião, o veículo tornou público um documento de um comitê da OMS que traçava recomendações sobre a maconha.
Entre essas sugestões, o comitê aconselhava a retirada da cannabis do anexo de 4 da Convenção Única sobre Entorpecentes, tratado internacional das Nações Unidas que visa combater o abuso de drogas. Contudo, as recomendações presentes nesse documento não foram aprovadas pela OMS até o momento.
Pandemia da Covid-19
Apesar dos efeitos nocivos, a maconha ou seus derivados tem propriedades terapêuticas. Em algumas partes do mundo, incluindo partes dos Estados Unidos, a droga pode ser receitada diretamente como analgésico ou para o controle de náusea, especialmente para pacientes sob quimioterapia. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de derivados da maconha em 2019. Contudo, a maconha em si continua sendo ilegal.
Segundo reportagem do jornal O Globo, durante a pandemia da Covid-19, o tratamento à base de cannabis medicinal au